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(Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG) |
Nesta segunda-feira (27/4), durante coletiva de imprensa on-line, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, voltou a enfatizar a importância das medidas de distanciamento social para controlar a disseminação do coronavírus e, consequentemente, diminuir a intensidade de casos graves da Covid-19.
Amaral destacou que foi verificado um
retorno de atividades e a circulação de pessoas de maneira descoordenada.
Segundo o gestor, as diretrizes estipuladas na política estadual de retorno de
atividades - programa Minas Consciente - viriam corrigir algumas distorções e
oferecer segurança.
“Vimos ultimamente um aumento no
fluxo de veículos, por exemplo. Nós reforçamos a importância das medidas de
distanciamento social, para que não haja perda do que foi conseguido até agora,
para que não se perca o controle sobre a doença. Devemos permanecer com os
cuidados, para que não sigamos um trajeto que não queremos”, alertou o
secretário.
Ao analisar o último Informe
Epidemiológico publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Amaral
apontou que Minas Gerais contabiliza 1.586 casos confirmados da Covid-19, com
62 mortes pela doença registradas. Há, ainda, 98 óbitos em investigação e
outros 362 já foram descartadas.
Segundo Carlos Eduardo Amaral, o
sistema de regulação de leitos da SES-MG, o SUSFácil, registra, até então, 105
casos de pacientes internados em UTI por suspeita de Covid-19, o que gera uma
ocupação específica de 4%. A taxa de ocupação geral no Estado é de 57%. Em
relação aos leitos de atendimento clínico, há 442 pessoas internadas. As taxas
de ocupação de leitos clínicos específicas para Covid-19 e em geral são 4% e
60%, respectivamente.
De acordo com o secretário, todos os
dados indicam que Minas Gerais apresenta números relativamente baixos em
relação à doença, o que se traduz em uma curva epidemiológica tida por
aceitável. “O ideal seria não termos casos de Covid, o que não é possível nesse
momento. Esses números nos fazem ser agradecidos ao povo mineiro, que tem
aderido ao distanciamento, o que faz com que alcancemos números de casos mais
baixos. Mas, por outro lado, ficamos preocupados, pois pode-se gerar uma
sensação de tranquilidade. Não vencemos a guerra ainda”, comentou.
O gestor entende que há vários
fatores que ajudam a explicar uma velocidade menor de avanço da doença em Minas
Gerais. “Nós tivemos uma política de distanciamento iniciada logo após a
detecção da transmissão no território do estado”, lembrou. Além disso, o
secretário citou medidas de monitoramento tomadas em janeiro, como
acompanhamento da situação desde o dia 3 daquele mês e, posteriormente, a
formação do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes Covid-19).
Sobre o sistema de notificação de
óbitos, Amaral explicou que eventuais divergências em relação às informações
publicadas pelos municípios são esperadas, uma vez que pode haver, por exemplo,
lançamento de casos em duplicidade por conta de registros feitos tanto pelas
secretarias municipais quanto pelos serviços de saúde. Ele também falou sobre o
tratamento das informações de forma que ela possa ser efetivamente lançada no
boletim estadual.
“Nós mantemos uma interação com a
equipe que efetuou a notificação, de forma a buscar agregar informes clínicos,
se há exames ou não, entre outras medidas. Por essas razões, nós entendemos se
tratar de um processo em andamento, em que é natural que haja necessidade de um
ou dois dias para concluirmos esse trabalho e, eventualmente, pode ser
necessário um pouco mais de tempo”, disse.
Minas Consciente
O secretário adjunto de Saúde,
Marcelo Cabral, destacou que o programa de retorno às atividades que estão
paralisadas será pautado por responsabilidade técnica e ponderação, para que os
municípios avaliem suas situações e promovam a reativação de forma segura. “São
diretrizes, que buscam trabalhar com diferentes cenários, inclusive para a
necessidade de nova interrupção, se for o caso”.
O secretário Carlos Eduardo Amaral
acrescentou que há necessidade de se levar em conta o aspecto microrregional da
rede de saúde acessada pelos municípios, uma vez que há, muitas vezes,
interdependências entre eles. “O programa vai nesse sentido, mirando o futuro,
mas conscientes, para que saibamos o que fazer, divulgando aquilo que deve ser
informado, para que a sociedade possa caminhar de maneira organizada”.
Também participou da entrevista
coletiva o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de
Minas Gerais (Ipsemg), Marcus Vinícius de Souza. Na ocasião, ele informou que,
em relação ao público atendido pela autarquia – que abrange os servidores
estatutários e seus dependentes –, foram feitos esforços para enfrentamento da
epidemia, como recuperação dos atendimentos realizados pela rede credenciada e
ampliação em 53% da capacidade dos leitos de UTI no Hospital Governador Israel
Pinheiro, em Belo Horizonte. “Acreditamos que esse processo de aumento será
concluído a tempo do enfrentamento do pico de casos projetado pela SES-MG”,
sinalizou.
(Agência Minas)
(Agência Minas)